quinta-feira, 30 de agosto de 2007

O verde em Salvador está com dias contados


Na capital baiana quase que não se ver mais áreas verdes. Grandes obras mal projetadas e que visam, apenas, o bolso dos empresários acabam com a nossa Mata Atlântica Salvador foi mal planejada ainda quando estava no papel, e agora com o passar do tempo, e o assunto aquecimento global em alta, autoridades pensam em se preocupar com o verde.

Ontem foi discutido mais uma vez na Câmara Municipal o PDDU – Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano. Em entrevista coletiva a secretária municipal do Planejamento, Kátia Carmelo, falou dos problemas na operacionalização do PDDU. O documento que planeja reorganizar o desenvolvimento urbano da cidade, além de permitir a construção de prédios de até 15 andares na orla marítima, libera também a urbanização na Avenida Paralela.
A avenida é um dos maiores corredores de Mata Atlântica da cidade, ficando atrás de reservas como a do Parque da Cidade e da Reserva da Mata dos Oitis – fornecedor de plantas para urbanização e arborização da cidade em locais que não tem. O plano pode até ser que traga benefícios, mas, apenas, para uma parcela mínima da população.

Para a secretária não há saída para o crescimento da cidade se não a verticalização. Para onde crescer mais sem destruir as áreas verdes. Os soteropolitanos no verão já sofrem com o verão quente, imagine sem as arvores? A formação de ilhas de calor é inevitável.

A versão revisada do PDDU só deverá ser votada até o ano que vem ou em até dois anos, mas se a população interferir poderá se repensar em alguns pontos do plano. A população baiana já reclama do calor, imagine se ficarmos “no centro” prédios o ano todo?

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