sexta-feira, 5 de setembro de 2008

E meu bolso nada!

Hoje mais uma vez abro os jornais e vejo como uma das matérias principais da parte de economia, que a inflação de agosto segundo o IBGE é a menor em onze meses. Ora, até ai tudo bem! Ótimo para o país e melhor ainda para os nossos bolsos, quer dizer, pelo menos teoricamente.

Só por curiosidade fui hoje ao Bompreço do Imbui e constatei que o preço de uma cesta básica continuou praticamente a mesma coisa que o mês anterior. Aproveitei e dei uma passada na farmácia pra ver se o remédio que preciso comprar está mais barato, e advinha? Continuou o mesmo preço. Pergunto ao vendedor se tem algum tipo de desconto em compras a vista, mas recebo um não de brinde.

Acredito que não apenas eu, mas uma grande parcela da população baiana se pergunta onde a queda da inflação pode vir influenciar nos nossos bolsos? Todos os meses quando vamos ao mercado fazer nossa digníssima compra, saímos pesquisando em que mercado conseguiremos achar o preço mais baixo da cesta básica, mas não sei se por coincidência, o que esta mais barato em um, no outro esta mais caro ou vice e versa.

Então me pergunto, porque os meios de comunicação insistem em noticiar que a inflação está mais baixa, se não sinto essa diferença no meu bolso? Dizem os especialistas que os preços dos alimentos estão mais baixos, mas só se for no mercado que eles freqüentam, por que no que eu faço compras todos os meses, ainda não pude sentir a diferença.


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terça-feira, 5 de agosto de 2008

Disputa pelo melhor calçamento

Enquanto a população sofre com a falta de segurança, as filas nos postos de saúde não param de aumentar, os ônibus continuam super lotados e as principais vias da capital continuam cheias de buracos, os moradores da Barra protestam contra a revitalização do calçamento no local. O revestimento que antes era de pedra portuguesa, agora será modificado por granito e concreto varrido, quer dizer a prefeitura pretendia modificar, mas agora isso depende de uma decisão judicial.

Tudo por que, segundo Dimitri Ganzelevitch, “ao retirar as pedras portuguesas e as árvores, estão transformando a cidade em uma coisa anônima, sem características peculiares”. Tudo bem, quanto a retirada das árvores sem um aviso prévio, ele pode até ter razão, mas em reclamar por uma melhoria que será feita no bairro só porque afetará a estética, ele realmente deve ser muito ocupado para se preocupar com isso.

Pois é, como se trata de uma região de classe média alta, eles [os moradores] podem optar pelo tipo de calçamento que querem ter no seu bairro. O Ministério Público Estadual que deveria se ocupar de outros assuntos mais importantes, tem que se preocupar com a estética do calçadão da Barra. Mas é claro, estamos falando de um cartão postal da cidade. Precisamos melhorar a paisagem dos postais, afinal de contas, os turistas só os conhecem.

Alguns criticam a mudança da prefeitura pelo fato que a retirada das pedras portuguesas, irá afetar na tradição do local, já que as mesmas são oriundas de Portugal, e estão ali desde o século XX. A obra que nosso querido prefeito aprovou está orçada em R$ 1,2 milhão, enquanto que em bairros populares nem calçamento existe. Se esse dinheiro fosse investido na melhoria do calçamento da periferia, acredito que a população iria ficar extremamente satisfeita.

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