A maioria dos brasileiros que não vivem na Bahia, costuma dizer que o baiano é preguiçoso, mesmo sem conhecer e ter vivido diariamente como um baiano. Então será o baiano preguiçoso mesmo?
Francisco Neto, freqüentador assíduo da Estação Pirajá – um dos terminais de ônibus de Salvador - acorda todos os dias às 5h manhã, quase sempre não toma café para não perder o ônibus de 5h e 40 min, que por sinal sai sempre superlotado do bairro onde reside, para ir até a Estação Pirajá e esperar por mais 45 min para conseguir pegar um outro ônibus ainda mais cheio. Na maioria das vezes ele vai pendurado na porta para chegar ao seu trabalho aproximadamente às 8h, e ainda tem que ouvi do seu patrão que amanhã ele faça o favor de chegar mais cedo.
É muito fácil para seu patrão dizer isso. O mesmo mora a apenas 10 min da empresa, acorda às 6h e 30 min para fazer a sua tão sagrada malhação e depois volta para casa para tomar um bom banho e um café da manhã reforçado. Sai de casa às 7h e 30 min para chegar à empresa e encher o saco de seu funcionário.
O mesmo, Francisco Neto, fica até 12h sem comer nada ouvindo do patrão que tem que aumentar sua produção na fábrica. Enquanto Francisco trabalha, seu patrão fica sentado na confortável sala dele observando novidades na Internet – como foi o futebol ontem, uma nova grife de roupa, um desfile de moda, o que aconteceu na novela ontem e fofocas sobre artistas. Quando Francisco sai para o almoço, seu patrão ainda resmunga questionando o horário de almoço do mesmo. Seu patrão vai pra algum restaurante próximo e pede um almoço bem caprichado, enquanto Francisco esquenta sua quentinha preparada pela esposa um dia antes.
Vem chegando a tarde e Francisco já não agüenta mais trabalhar, exausto e querendo volta para seu lar e encontrar sua esposa e seu filho. Cansado, mas feliz, pois alcançou sua meta diária de produção apesar dos resmungos de seu patrão, chega a hora de ir embora. Vai bater o seu ponto no devido horário e ouve seu patrão pedi mais disposição para o outro dia.
Ele sai da fábrica e caminha até o ponto de ônibus, que para variar está lotado de outros trabalhadores. Lá vem o seu ônibus e a mesma rotina diária, todos correm para pegá-lo e Francisco mais uma vez vai em pé, desolado até o seu destino – sua casa.
Chega em casa depois de 1 hora e meia em pé no coletivo e encontra sua adorável esposa que lhe prepara o jantar enquanto ele vai tomar banho. Pronto chegou o fim do dia. Francisco vai dormir já pensando no dia de amanhã e chega até a sonhar alto em sua cama: Será que amanhã o ônibus vai mais vazio? Será que meu patrão vai me tratar melhor amanhã? E valorizar o funcionário que tem?
Igual a seu Francisco existem muitos com essa rotina. Todos os dias é comum encontrar umas das estações de ônibus ou ferroviária lotadas de gente indo trabalhar. Se isso for ser preguiçoso, não quero conhecer um trabalhador de verdade.
quarta-feira, 23 de abril de 2008
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Paraíso dos quebra-molas
Andar pelas ruas de Salvador esta cada vez mais complicado. Se não bastassem os inúmeros semáforos instalados a todo canto, os vários buracos de todos os tipos e tamanhos, temos que conviver também com o número absurdo de quebra-molas.
Na Avenida Regional que liga Cajazeiras a Avenida São Rafael, existem cerca de oito quebra-molas (sem contar os buracos, que forçam os motoristas a andar em baixa velocidade) e estão construindo mais dois. O pior de tudo não é a construção desses “redutores de velocidade” – como são chamados pela prefeitura, e, sim, a localização destes. Os mais novos estão sendo construídos num dos trechos mais perigosos da via, embaixo de um viaduto, num local deserto, sendo que após as 20hr a pista fica sem segurança nenhuma, ou seja, o motorista corre o risco de reduzir a velocidade e ser surpreendido por um ladrão.
Certo de que as ruas de Salvador precisam ser sinalizadas, mas também não se deve exagerar. Existem locais que a distância entre um quebra-mola e outro é de menos de 100 metros. O Detran uma vez ou outra faz campanhas educativas, outro órgão que segue pelo mesmo rumo é a SET, mas será que existissem, realmente, políticas publicas voltadas para a educação no trânsito, seriam necessários tanto quebra-mola e semáforo na cidade?
Os motoristas de Salvador são mal educados, mas acima de tudo, são mal preparados para o trânsito. Para alguns a sinalização serve só como enfeite, o retrovisor serve só para pentear o cabelo, entre outras manias. Criticam tanto nossas queridas mulheres, mas elas sim, dão um show de educação no trânsito. Elas são mais educadas, mais sensatas, mais cautelosas, enfim, vale a pena se inspirar nelas (pelo menos algumas).
Na Avenida Regional que liga Cajazeiras a Avenida São Rafael, existem cerca de oito quebra-molas (sem contar os buracos, que forçam os motoristas a andar em baixa velocidade) e estão construindo mais dois. O pior de tudo não é a construção desses “redutores de velocidade” – como são chamados pela prefeitura, e, sim, a localização destes. Os mais novos estão sendo construídos num dos trechos mais perigosos da via, embaixo de um viaduto, num local deserto, sendo que após as 20hr a pista fica sem segurança nenhuma, ou seja, o motorista corre o risco de reduzir a velocidade e ser surpreendido por um ladrão.
Certo de que as ruas de Salvador precisam ser sinalizadas, mas também não se deve exagerar. Existem locais que a distância entre um quebra-mola e outro é de menos de 100 metros. O Detran uma vez ou outra faz campanhas educativas, outro órgão que segue pelo mesmo rumo é a SET, mas será que existissem, realmente, políticas publicas voltadas para a educação no trânsito, seriam necessários tanto quebra-mola e semáforo na cidade?
Os motoristas de Salvador são mal educados, mas acima de tudo, são mal preparados para o trânsito. Para alguns a sinalização serve só como enfeite, o retrovisor serve só para pentear o cabelo, entre outras manias. Criticam tanto nossas queridas mulheres, mas elas sim, dão um show de educação no trânsito. Elas são mais educadas, mais sensatas, mais cautelosas, enfim, vale a pena se inspirar nelas (pelo menos algumas).
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Vitória vence, mas é eliminado
Mais uma vez a torcida baiana se decepciona ao ver o seu time querido se despedir da Copa do Brasil. O Bahia já tinha dado adeus e pelo mesmo caminho seguiu o Vitória. Na noite pouca inspirada de ontem, o leão da barra não conseguiu reverter a vantagem do Paraná (na primeira partida o Paraná venceu por 1x0) e mesmo vencendo por 2x1 está fora da competição que tem o acesso mais fácil à Libertadores.
Mesmo com o técnico Wagner Mancini se esforçando e colocando o que tem de melhor em campo, o elenco mais uma vez teve uma atuação pífia, bem abaixo da média. Os 14.458 pagantes até que se alegraram aos 37 min, quando Jackson acertou um chute perfeito e fez um golaço. Mas a alegria durou pouco, pois 7 min depois Fabio Luís empatou o jogo com a falha do zagueiro Anderson Martins.
No segundo tempo o Vitória continuou pressionando, mas sem chegar a meta adversária com perigo. Ney ainda precisou fazer duas defesas para salvar o rubro-negro de uma vergonha. Aos 34 min a torcida rubro-negra voltou a ter esperanças quando Diego Silva caiu na área e o juiz em cima do lance marcou pênalti. Ramon com competência marcou. Mas ficou só nisso ai. Mesmo com o apoio da torcida, o time do Vitória não teve forças e perdeu a vaga para o Paraná.
Agora resta torcer para que o Vitória não decepcione no campeonato baiano. Mas jogando essa “bolinha” que os jogadores estão jogando, fica muito difícil de competir com os outros finalistas.
Mesmo com o técnico Wagner Mancini se esforçando e colocando o que tem de melhor em campo, o elenco mais uma vez teve uma atuação pífia, bem abaixo da média. Os 14.458 pagantes até que se alegraram aos 37 min, quando Jackson acertou um chute perfeito e fez um golaço. Mas a alegria durou pouco, pois 7 min depois Fabio Luís empatou o jogo com a falha do zagueiro Anderson Martins.
No segundo tempo o Vitória continuou pressionando, mas sem chegar a meta adversária com perigo. Ney ainda precisou fazer duas defesas para salvar o rubro-negro de uma vergonha. Aos 34 min a torcida rubro-negra voltou a ter esperanças quando Diego Silva caiu na área e o juiz em cima do lance marcou pênalti. Ramon com competência marcou. Mas ficou só nisso ai. Mesmo com o apoio da torcida, o time do Vitória não teve forças e perdeu a vaga para o Paraná.
Agora resta torcer para que o Vitória não decepcione no campeonato baiano. Mas jogando essa “bolinha” que os jogadores estão jogando, fica muito difícil de competir com os outros finalistas.
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